terça-feira, 29 de novembro de 2011

O mundo não gira à tua volta, mentaliza-te disso. Fazes parte dele mas há quem consiga deixar-te de fora.
Chega de generalizações e incluir no teu mundo quem não quer ser incluído.
Somos todos pessoas, mas não somos todos iguais.

domingo, 6 de novembro de 2011

O verdadeiro valor da tua pessoa está no teu nome próprio. Se tens dois, pensa.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Livro: O que me vai no coração

Pego num martelo e começo a amassar os dedos um a um, até perfurar. Não sinto dor, o coração apoderou-se dela. Sinto um cheiro a carne viva, um cheiro que me entranha e se apodera da minha alma. Entrecruzamo-nos e os meus olhos fintam os teus, imóveis e sombrios.
Está tudo desfocado, deixo de ver. As minhas pernas perdem toda a força que tinham (pouca) e partem, mesmo a meio, até ficarem as cartilagens bem salientes.
Nisto, começo a roer nervosamente as unhas dos pés, num comportamento animal inexplicável, passando aos dedos, um a um.
A mera hipótese de te voltar a encontrar domina-me e muda-me completamente. Virei morta-viva e ainda me olhas com desdém.
As minhas mãos paralisam e arranco um dos olhos sem querer, com a prenda de ponta afiada que tinha para te dar.
Estou a desfazer-me e a culpa é tua! Um grito sufocante que chega ao inferno e te penetra no ouvido.
Pegas nos pedaços desfeitos do meu corpo e decides por fim, apertando-os contra as mãos, beijá-los um a um, APAIXONADAMENTE. (coração)
Ruínas
Nada mais do que ruínas.
Casas em ruínas, estradas em ruínas, museus em ruínas, ruas em ruínas, estações em ruínas.
Tudo em ruínas.
Estragos.
Nada mais que estragos.
Casas com estragos, estradas com estragos, museus com estragos, ruas com estragos, estações com estragos.
Tudo com estragos.
Desalento.
Pessoas em desalento, estúdios em desalento, artistas em desalento, animais em desalento.
Tudo em desalento.
O mundo.
Nada mais que o mundo.
Mas o mundo virado de pernas para o ar.
Agora, agora mais do que nunca.