quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Olhei aquela janela que contava o tempo de espera.
Uma. Duas. Três. Horas.
Um. Dois. Três. Minutos.
Sosseguei, inspirei, expirei.
Voltei a inspirar e expirei novamente.
Debrucei-me para alcançar o copo de água. Um golo. Nem mais um.
Um pedacinho da maçã que a nada soube.
O vazio que nunca mais via a hora de ser preenchido.
O casaco que me aquecia mas me fazia lembrar de tudo. Tudo e nada ao mesmo tempo.
- Somos um todo no meio do/ de nada.
- Fazes-me falta.
Frases que me levavam à recordação.
O cap, pousado no braço que sustentava a minha guitarra naquele que dizem ser o meu quarto.
Observava-o mas sem qualquer reacção inerente.
Como se um tumulto de pensamentos me inundasse a cabeça e quisesse somente ficar à espera.
Levantei-me e dirigi-me para a porta, no seguimento do que parecia ser o soar da minha campainha.
Sem direccionar o olhar esperei até que senti uma respiração familiar.
Ergui a cabeça e lentamente direccionei o olhar para o portão.
Um sorriso gigantesco que se reflectia no brilho dos meus olhos.
Corri naquele espaço que parecia ser interminável e que não excedia cinco dos meus pequenos passos.
Impulsionei.
Abracei-te com a intensidade proveniente de um sentimento profundo na esperança de que não voltasses a ir embora.

Pausa

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